Instituto Cultiva

Curso cultiva definição de protocolos em rede na educação do RN

Um início entusiasmante de um trabalho em rede essencial para a educação do Rio Grande do Norte. Esse é o resumo de integrantes do poder público e do Instituto Cultiva sobre o curso presencial – com continuação virtual – de Mediação de Conflitos em Tempos Extremos.

“Estaremos difundido os conhecimentos adquiridos junto ao Instituto Cultiva e acreditamos que esse seja o início de uma boa parceria”, afirma a secretária de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do RN, Professora Socorro Batista.

Entre os dias 21 e 22 deste mês, a Cultiva e a secretaria realizaram um curso presencial, durante o dia todo, com a mobilização de todos os atores que atuam de alguma forma no ensino potiguar: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Polícia Militar, rede privada, secretarias de governo, além dos educadores estaduais.

“A educação desempenha um papel fundamental na promoção da paz nas escolas. Ao ofertar para os profissionais que atuam com a educação um curso que conta com uma base sólida de conhecimento, habilidades e valores, criamos uma das condições necessárias para que a escola seja um ambiente propício à compreensão, respeito mútuo e cooperação entre os estudantes”, complementa a secretária de educação.

Dias intensos e ricos

O evento realizado na sede da secretaria de educação reuniu cerca de 150 pessoas em cada um dos dias, ambos com programação intensa das 8h às 17h.

“No primeiro dia, trabalhamos mais o conceito de violência, explicando a diferença de confronto para conflito. Conflito faz parte da vida humana”, explica o presidente da Cultiva, Rudá Ricci.

“Depois explicamos quais são as motivações da ação que a gente precisa dominar para saber como responder e prevenir uma situação de violência. Sempre com muita participação de todos”, complementa o sociólogo.

A escuta, inclusive, foi um dos pontos mais enaltecidos pelos participantes.

“Uma avaliação super positiva feita pelo grupo foi a metodologia utilizada: a todo instante, escutávamos os presentes, a experiências nos territórios, nas escolas… Fazendo um movimento com esse processo de conceitos que tínhamos encaminhado para eles e que estávamos apresentando naquele momento”, relembra Nayraline Oliveira, consultora socioeducacional da Cultiva.

Construção de protocolos

O curso mergulhou, então, na definição de protocolos. “Além de discutirmos o conceito, passamos um vídeo de como se faz uma abordagem junto a família depois de uma situação de conflito envolvendo a criança”, relata Rudá Ricci.

Em outro momento, os participantes foram divididos em seis grupos multidisciplinares: com representantes do Ministério Público, do ensino privado, da rede pública etc.

“Esses grupos pensaram em um esboço de protocolo, de fluxo de alguns tipos de violência elencados por eles mesmo”, afirma Nayraline Oliveira.

“Algumas diretorias regionais já tinham algumas ações definidas. E nós, enquanto Cultiva, deixamos exatamente o link que amarra tudo, amarra as ações que já existiam. Incluindo a relação familiar, entendendo de onde vem: é a educação enquanto relação humana”, diz Elora Marques, consultora socioeducacional da Cultiva.

Futuro

O curso presencial se estende para o campo virtual até o início de julho. “Os próximos dias serão de acompanhamento e detalhamento dos protocolos para os mesmos casos que eles apresentaram”, afirma o presidente da Cultiva, Rudá Ricci.

“Inclusive, pensando em uma alternativa caso o encaminhamento não funcione. Protocolo é isso: cria uma série de saídas, inclusive prevendo que uma – ou duas – não dê certo. E, assim, cria um sistema interligado de instituições que vão atender aquele caso”, complementa Ricci.

“A participação foi excelente, efetiva e afetiva. Um processo de muito aprendizado, muita troca de conhecimentos e de pensar que a violência nas escolas é enfrentada quando olhamos pra ela, damos nome a ela. E, assim, trabalhamos de forma preventiva através de ações sensitivas, com projetos que possam ouvir mais o estudante e entender a sua realidade, demandas e angústias”, resume Nayraline Oliveira.

1 comentário em “Curso cultiva definição de protocolos em rede na educação do RN”

  1. Curso muito oportuno e necessário, para o fortalecimento dos atores responsaveis pela gestão dos processos educativos deste ambiente tão diverso, no momento de tomada de decisões para Medicação dos diferentes conflitos que a cada dia estão mais frequentes nas escolas, lamentavelmente!

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