“Nós estamos vendo a maior transformação no cenário internacional em um século”. A frase de autoria do presidente da China, Xi Jinping, resume o mundo multipolar e foi citada pelo correspondente internacional, Jamil Chade (@JamilChade), durante live do Instituto Cultiva, a ‘Cultiva em Revista‘, live dominical do canal.
Jamil Chade citou recente encontro entre o líder chinês e o presidente da Rússia, Vladimir Putin. E exemplifica as mudanças que, segundo ele, se aceleraram com a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Observador privilegiado, pois atua como correspondente na Europa há duas décadas, Jamil Chade destacou dois pontos que poderão nortear a geopolítica nos próximos anos. “É preciso prestar atenção no Brics”, afirmou. E, em seguida, analisou que a China tem mudado seu posicionamento nos últimos anos, principalmente diante do conflito em território ucraniano.
“A China quer ser o maior protagonista neste século. Quer ver seus dois maiores rivais desgastados. A Rússia em guerra e os EUA se perguntando qual seu papel no mundo”, definiu.
E como forma desta mudança de postura, Jamil Chade afirmou que a China deixou uma posição de certa neutralidade e vê a guerra como uma “oportunidade”. Ainda de acordo com o correspondente, os chineses querem atualmente estabelecer seus padrões tecnológicos, assim como existem os padrões americanos e europeus. “Desde coisas simples como tomada ou até como os satélites rodam em órbita”, resumiu.
Aulas curtas, um conceito por vez
Para o presidente do Instituto Cultiva, Rudá Ricci, o destaque deste avanço chinês na geopolítica ficará por conta da “aceleração das tecnologias aplicadas na educação”.
“O sistema de ensino chinês é hiper seletivo, com exame para entrar em cada ciclo. As aulas costumam ser curtas, de até 35 minutos, e os professores ensinam um único conceito por vez. O foco está nas disciplinas de matemática e áreas exatas”, exemplifica Rudá. Para se ter uma idéia, em 2018, de acordo com o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), a China foi considerado o melhor do PISA em matemática
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Jornalista com MBA em Mídias Sociais e Gestão da Comunicação Digital. Passou pela redação dos principais jornais mineiros cobrindo política e economia. Assessor de ONGs de trabalhadores aposentados e membro do Instituto Cultiva desde julho de 2023.
Ao contrário dos Estados Unidos e a Rússia, que vivem guerreando, a China prefere o negociando e vai subir para o topo do mundo e não demora.