Pelo menos 20 dos 26 estados da federação pretendem manter as escolas cívico-militares. O último a aderir foi o Rio Grande do Sul. Depois da publicação de um levantamento inicial do site ‘Poder 360’ o governador Eduardo Leite (PSDB) divulgou que também pretende manter a escola com recursos estaduais. Alagoas deve encerrar completamente.
Este foi um dos temas da ‘Cultiva em Revista’, live dominical do Instituto Cultiva.
Segundo o presidente do Instituto, o cientista político Rudá Ricci, do total escolas cívico militares em todo o Brasil, “15% vão encerrar por falta de recursos.”
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Na semana passada o Ministério da Educação (MEC) comunicou aos secretários de Educação que o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) será extinto gradualmente, não havendo mais repasse de recursos da União.
“Os estados vão usar recursos próprios?. Eles terão condições“, questionou Ademir Castellari, vice-presidente do Instituto Cultiva que também participou da live dominical
De acordo com Rudá, aparentemente, somente o Estado de São Paulo teria condições de bancar. “O Piauí, por exemplo, que já sinalizou que vai manter, mas teria dificuldade em bancar”, explicou.
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Desde a década de 90, sem ideologia
As escolas cívico-militares existem desde a década de 90 e começaram com Mato Grosso e Goiás, se expandiram para governos progressistas. “Não há questões ideológicas”, definiu Rudá.
Para se ter uma ideia, o estado do Maranhão tem pelo menos 40 escolas neste formato. E foi então governador Flávio Dino que baixou o decreto de sua criação.
Assista ao ‘Cultiva em Revista’ do dia 16
Jornalista com MBA em Mídias Sociais e Gestão da Comunicação Digital. Passou pela redação dos principais jornais mineiros cobrindo política e economia. Assessor de ONGs de trabalhadores aposentados e membro do Instituto Cultiva desde julho de 2023.