A extrema-direita voltou suas baterias para as questões morais, pois teria perdido a guerra no campo econômico. O resultado são as conspirações e perseguições, entre eles aos homossexuais.
O tema foi alvo da live das terças-feiras do Instituto Cultiva.
“Tenho o privilégio de ter assumido cedo e ter apoio da família, mas a galera precisa parar de olhar pra gente como se fosse bicho“, alertou Fernanda Luiza, designer gráfico.
“É um debate que precisa ser recomeçado“, comparou o jornalista Daniel César, que frequentou igrejas evangélicas. “A cura gay nas igrejas é uma lavagem cerebral. Ninguém sai o mesmo depois da experiência“, afirmou.
Todos recordaram o temor que enfrentaram logo após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018.
“Tive um pouco de medo, esperava campos de concentração, mas a democracia resistiu“, recordou Daniel. “Não tive medo. Tive pavor“, ilustrou Fernanda.
O psicanalista Luís Carlos Petry defendeu o diálogo contra este pânico e a aproximação. Citou o livro “Juntos – Os rituais, os prazeres e a política da cooperação” de Richard Sennet. Segundo Petry, é preciso reabrir o diálogo, a convivência e a solidariedade.
“Não é uma questão de hétero ou de homo. É uma questão de amor“, definiu Petry.
Catastrofismo e derrotismo
No editorial, o presidente do Instituto Cultiva, Rudá Ricci, lembrou o movimento em torno das eleições para os Conselhos Tutelares. “Há dez anos o campo progressista não fazia campanha e assustou“, afirmou. E também analisou o castarofismo que tomou conta do campo progressista. “Entre ser romântico e ser catastrofista vai uma grande diferença“, disse Rudá.
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Jornalista com MBA em Mídias Sociais e Gestão da Comunicação Digital. Passou pela redação dos principais jornais mineiros cobrindo política e economia. Assessor de ONGs de trabalhadores aposentados e membro do Instituto Cultiva desde julho de 2023.