Instituto Cultiva

O mapa da Universidade brasileira

Com a escolha do economista Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a polêmica acendeu uma pequena rivalidade entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), já que o economista graduou-se e foi professor titular pela universidade de Campinas.

O assunto, que deverá ser tratado em detalhes em futuras lives de domingo, apresentadas na “Cultiva em Revista” foi abordado pelo presidente do Instituto Cultiva, Rudá Ricci.

Segundo ele, as grandes universidades progressistas estão concentradas no estado de São Paulo e citou a Unesp, em Assis (SP). Mas pontuou que em Campina Grande (PB), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e em Belém, a Universidade Federal do Pará (UFPA) há produções acadêmicas importantes, principalmente em estudos agrários e das questões amazônicas.

“É uma análise do ponto de vista ideológico, não de produção científica”, destacou Rudá.

A USP se aproximou, segundo o presidente do Cultiva, dos tucanos, principalmente na década de 80. E na área de ciências humanas se aproximaram da social-democracia europeia ligada ao liberalismo. “Além de uma visão positivista, um grupo da USP atacou toda as reformas curriculares na educação”, destacou.

No Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve uma tendência progressista, mas atualmente lidera uma postura mais à direita. No entanto, registrou Rudá, “temos a Unisinos, em São Leopoldo (RS) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Universidade Estadual de Londrina (UEL). “Mas não são expoentes nacionais”, acrescentou.

Do outro lado, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, além da Fundação Getúlio Vargas (FGV), também no estado fluminense, foram se dirigindo para o campo liberal e conservador.

Por universidade progressista, mais no campo da esquerda, entenda-se uma visão desenvolvimentista na economia, de ampliação da cidadania e dos direitos sociais, de superação da desigualdade.

Outro ponto de atenção é que as grandes universidades estão nas capitais e grandes centros urbanos, mas os institutos federais é que levaram cursos de extensão para o interior.

Economia bombando, mas…

Do ponto de vista econômico, o governo Lula começa a aproveitar bons índices. O índice de desemprego registrou pequena queda, no entanto não é o emprego formal. A informalização tem crescido. E também há previsão de cortes para cumprir o teto de gastos. Cortes chegam a R$ 1,5 bilhão e em áreas como saúde e educação são as mais afetadas.

E entre as projeções para a economia está o lançamento do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A previsão inicial, a depender dos desdobramentos do arcabouço fiscal, é de investimentos de R$ 30 bilhões.


Baixe aqui o Power Point do Rudá


Assista à Cultiva em Revista


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